A gestão e o descarte adequado de medicamentos vencidos ou em desuso representam um grande desafio, com impactos diretos na saúde pública e no meio ambiente. Com base nesse panorama, o projeto de extensão desenvolvido com a autoria dos professores de Medicina Flávio Quintino e Wellington Leal busca conscientizar a população, capacitar profissionais e educadores, e promover o uso responsável de medicamentos, contribuindo para um futuro mais sustentável.
O Decreto Nº 10.388, de 5 de junho de 2020, reconhece a necessidade de ações voltadas à gestão ambientalmente adequada de resíduos sólidos, incluindo medicamentos. A literatura científica reforça os riscos do descarte inadequado: contaminação de solos e águas, exposição a substâncias tóxicas e o agravamento da resistência antimicrobiana (Hernandez et al., 2020; Scott et al., 2018). Estudos mostram que medicamentos descartados incorretamente podem contaminar lençóis freáticos e reduzir a biodiversidade de ecossistemas aquáticos, além de causar disrupção endócrina e alterações fisiológicas em organismos (Burgos et al., 2020; Christen et al., 2018).
A presença de compostos farmacêuticos em águas superficiais e subterrâneas representa um risco tanto para a vida aquática quanto para a saúde humana, alertam pesquisas recentes (Kasprzyk-Hordern et al., 2018; Le Page et al., 2017).
Diante desse cenário, o projeto de extensão propõe ações integradas para:
Conscientizar a população sobre os riscos do descarte inadequado.
Capacitar profissionais da saúde e educadores para orientar a comunidade.
Informar sobre o uso responsável de medicamentos.
Promover práticas seguras que preservem o meio ambiente.
A iniciativa visa mitigar os impactos negativos do descarte incorreto e fomentar comportamentos responsáveis em relação ao manejo de medicamentos.
O projeto conta com o apoio do Conselho Regional de Farmácia de Pernambuco (CRF-PE), do grupo Mulheres do Brasil e do grupo Ciência na Saúde. Mais informações podem ser encontradas em: https://ciencianasaude.org.br/descartecorreto/.